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terça-feira, 19 de abril de 2011

Empresas de Eike Batista derretem na bolsa.

Do site Brasil 247:
Nos últimos cinco anos, Eike Batista conseguiu uma façanha. Construiu uma fortuna de quase US$ 30 bilhões, a oitava maior do mundo, vendendo empresas de papel, que são ainda meros projetos futuros. Abrigadas na holding EBX, todas as suas empresas carregam a letra x – símbolo da multiplicação – no nome. Entre elas, estão a mineradora MMX, a geradora de energia MPX, o estaleiro OSX e a petrolífera OGX. Esta última é a joia da coroa de Eike. Mas o mercado financeiro, que até hoje comprou tudo aquilo que Eike vendeu com entusiasmo quase cego, passou a cobrar resultados. Na manhã desta segunda-feira, as ações da OGX abriram com queda de quase 20% - às 13h, eram negociadas com baixa de 14%. O balanço desagradou os investidores. E o que é mais grave: analistas desconfiam que as reservas de petróleo anunciadas pela companhia estão infladas, no que seria uma fraude aos investidores.

Eike Batista participou de uma teleconferência, na qual tentou acalmar o mercado, mas acabou batendo boca com analistas. E o curioso é que, na sexta-feira, ele havia feito um anúncio de reservas bem animador: a projeção da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris – um volume muito próximo ao da Petrobras. É como se a OGX tivesse encontrado seu pré-sal particular. Mas o mercado começou a desconfiar de tantas promessas. Segundo operadores, relatórios de bancos de investimentos e corretoras divulgados para esta semana recomendaram a venda dos papéis da OGX. Uma crise de confiança nas promessas do empresário Eike Batista sobre a viabilidade da empresa. 

O noticiário recente reforçou a insegurança do mercado na companhia.Eike está apostando na venda de ativos de até 10% de sua participação nas áreas da bacia de Campos como forma de se capitalizar para cumprir investimentos. Inicialmente, a empresa estava negociando a venda de 30% destes ativos, mas reduziu esta marca para 10%. Além disso, o presidente da companhia, Paulo Mendonça, afirmou que poderá buscar no mercado US$ 2 bilhões para garantir os investimentos em 2012 e que a forma de captar os recursos será a mesma utilizada pela Petrobras, como a emissão de títulos. Paulo Mendonça é o substituto de Rodolfo Landim, executivo egresso da Petrobras, que brigou com Eike e mantém uma disputa bilionária na Justiça com o dono do grupo EBX.

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